As raízes históricas do município de Ewbank da Câmara estão ligadas a antiga Barbacena do século XVIII, com a abertura do Caminho Novo para o Rio de Janeiro, toda a região de passagem teve o desenvolvimento impulsionado. Neste sentido Barbacena, Santos Dumont, Juiz de Fora experimentaram uma fase de grande progresso nesta ocasião. Durante o ciclo do ouro, no século XVIII, o acesso ao interior das Minas Gerais era feito através de trilhas delineadas pelos índios goytacázes, chamadas ‘caminho novo’. Mais tarde, buscando superar a Serra do Mar  permitindo desta forma o acesso direto do Rio de Janeiro a essas cidades mineiras, foi construída a “Estrada Real”, ainda no século XVIII, ao longo da qual foram estabelecidos vários entrepostos de apoio logístico.

Às margens da Estrada Real, nascia uma região que foi sendo gradativamente povoada e carinhosamente batizada de ‘Tabuões’, nome associado e atribuído ao povoado devido à forma pela qual as pessoas do lugar superavam as condições geológicas que se apresentavam naquele solo. Com o intuito de possibilitar o tráfego eram colocadas enormes tábuas sobre o terreno úmido, lamacento e frio, característico daquela localidade de brejo, e inúmeras taboas. Naquelas circunstâncias, não foi difícil, portanto, denominar aquele pequeno povoado com o nome de Tabuões, haja vista que a principal característica do lugar eram as tábuas.

Em 1890, no povoado de Tabuões, pertencente a Juiz de Fora, foi inaugurada uma estação da Estrada de Ferro da Central do Brasil, que interligava a cidade de Belo Horizonte ao Rio de Janeiro, fomentando o desenvolvimento mineiro em função da indústria cafeeira. Batizada de Ewbank da Câmara a estação ferroviária, em homenagem a um engenheiro da empresa, lugarejo cresceu rapidamente com este advento, sendo elevado a distrito de Santos Dumont em 1923.

Durante o Estado Novo, o nome foi aportuguesado para Eubanque. Em 1962, elevado a município, voltou a se chamar Ewbank da Câmara.